segunda-feira, maio 25, 2009

Confirmação

Washington Post Express: Você pensa que a longevidade do EXODUS é devida ao fato de que o estilo de música que você ajudou a criar é ainda uma parte importante da cena do metal de hoje, visto que algumas das bandas "hair metal" dos anos 80 podem soar datadas?

Holt: "Eu penso que sim. Especialmente pois agora existe uma nova geração de bandas que homenageiam aquilo que nós ajudamos a criar. Nós não inventamos o metal; nós nos baseamos na New Wave of British Heavy Metal e no punk rock, e Judas Priest e coisas assim. E nós criamos o thrash metal junto com algumas outras bandas, obviamente - METALLICA, SLAYER, e outras. E disso veio o death metal e disso veio o black metal, e isso é apenas um grande círculo que compartilha as suas influências... Nós conseguimos reconstruir um bom nível de sucesso adquirindo uma multidão de novos jovens fãs. A maioria de nossa audiência hoje tem de 16 a 25 anos".

Washington Post Express: Ao contrário do thrash, o "hair metal" não ressurgiu com força.

Holt: "Ele (hair metal) foi baseado mais na imagem, não no som. E as velhas 'bandas-cabelo' parecem tolas quando os músicos estão mais velhos e tentam entrar nas mesmas roupas que eles usavam nos anos 80. Isso é realmente cômico. As bandas como nós sempre foram baseadas na música, no som, na composição e no desempenho no palco, assim o teste do tempo funciona muito melhor. Muitas bandas hair metal eram consideravelmente ruins. Falando de hair metal, eu sempre amei secretamente cada lick de guitarra que o George Lynch tocou, mas eu realmente gosto de DOKKEN? Não, mas eu vou escutar o que o George está tocando. Pessoalmente eu gosto muito de RATT e algumas coisas do MÖTLEY CRÜE. Mas merdas como ENUFF Z'NUFF? Isso é realmente uma merda. Mas eu e o Lee Altus (outro guitarrista do EXODUS) sempre fomos fãs de RATT; eles têm alguns grandes riffs. Mas na época (anos 80) nós simplesmente não podíamos admitir; eles estavam do lado do inimigo. Nós tínhamos que nos encontrar em segredo para escutá-los, tendo certeza que ninguém estava ouvindo a gente [risos]".

1 comentário:

Mustek disse...

revela um pouco do que se passa nos bastidores do mundo da música.. mas apesar disso pareceme que nos dias de hoje esse tipo de coisas são mais descontraídas e esse tipo de preconceito está um pouco ultrapassado.. talvez porque esteja na moda ser "tolerante" e "eclético"!