segunda-feira, junho 02, 2008

Resumo alargado de um grande dia

O dia começou cedo, às 6:50 da manha. Depois de uma noite em que dormi 1h30m a emoção era grande e a tensão maior ainda.
A viagem foi tranquila e bem regada nas suas 3horas de duração. Tal como o encontro com o Bruno, Fred, Andressa e Ines! Óptimo almoço ainda melhor regado de Wiesenbier e siga para a Bela Vista.
Ao chegar lá deparamo-nos já com um monte de gente. À entrada o boi do segurança insistiu em abrir a minha mochila enquanto em algumas outras filas as pessoas entravam à vontade... No 2º ponto de entrada já não consegui ficar tão bem colocado mas ainda assim corri pra 1 bom lugar, no meio da corrida empurraram-me contra 1 grade e ganhei 1 arranhão no dedo mas conseguimos 1 bom lugar... 3/4fila.
Enquanto preparávamos uns cartazes do nosso lado esquerdo começa a confusão, com 3 "senhoras" a querer passar à frente de todo mundo... os seguranças mostraram-se uns inúteis pois nada fizeram, uns puxões e uns empurrões e elas lá saíram mas não pararam de aprontar, desde empurrar todos, até mijar lá no meio elas fizeram... no meio do concerto dos Skank elas lá foram retiradas, embora os amigos delas continuassem a armar confusão e também mijaram lá no meio.
Em relação a Skank, Alanis Morissette e Alejandro Sanz foram concertos bem fracos e sem chama, eles até podem ter dado o seu máximo mas quem estava lá em 90% era pra ver Bon Jovi e não curtia os outros... Esses shows valeram pela diversão do pessoal (Bruno e Fred) que até coros guturais fizeram. Só visto! Outra coisa que vale ressaltar foi o facto de todos os que estavam comigo ficarem surpreendidíssimos de me verem a cantar 3 músicas do Alejandro Sanz... o que prova a grandeza do meu reportório... ou não!
Foi incrível ver que quem garantiu o seu lugar às 16h não arredou pé dali até ao fim do concerto dos Bon Jovi.
Vamos ao que interessa:
Depois do Alejandro Sanz sair de cena todo o recinto começou a ferver de expectativa, alguns grupos a cantar as músicas da banda pra aquecer e eis que as luzes apagam-se e a banda entra em palco. Uma explosão de emoções, gritaria, sorrisos rasgados, lágrimas e todas as manifestações imagináveis de alegria,
Lost Highway foi só a primeira música mas já mostrou ao que a banda ia. A intenção não era entreter as pessoas... mas dar-lhes um momento digno de figurar em todas as memórias e em todos os corações. A banda com uma prestação segura, emotiva e alegre em palco, o Jon a mostrar 1 enorme capacidade de prender as atenções, o Richie a tocar muito e a esbanjar sorrisos, o Tico sempre muito empolgado e eficiente e David e o Hugh a tocarem muito mas sempre sossegados no seu canto.
O Jon comunicava imenso com a assistência e olhava para o publico e esbanjava sorrisos de alegria e também de surpresa... estava 1 mar de gente (entre 75000 e 90000 pessoas)
Com o quarteto de músicas dos anos 80 (Born To Be My Baby, You Give Love A Bad Name, Raise Your Hands e Runaway) o público entrou noutra galáxia de emoções, acompanhava o Jon em cada coro, em cada refrão, notou-se que o publico estava totalmente conquistado pela banda.
Depois veio o Rock N Roll de I'll Sleep When I'm Dead com o publico a cantar e a dançar tudo e no seu meio um medley com Mercy da Duffy e Start Me Up dos Rolling Stones, que serviu pra segurar ainda mais o publico já totalmente conquistado.
Segue-se uma boa interpretação de Whole Lot Of Leavin’ e de In These Arms que não elevaram o ânimo mas que mantiveram o êxtase no público.
Depois veio o momento da noite, aquela musica que muitos identificam como sua, aquela que eleva as emoções a níveis incomparáveis, Always foi o ponto alto de emoção do público e da banda que estavam muito emocionados. Houve lágrimas, houve sorrisos abertos de puro prazer, houve muitos beijos entre os casais, houve uma banda em palco com uma altíssima interpretação e um vocalista inspirado por todo o ambiente.
No seguimento vem a óptima We Got To Going On e pra quem pensava que não havia como elevar as emoções o Jon desce do palco e vai cumprimentar os seus devotos, enrola-se ainda numa bandeira portuguesa e depois num cachecol.
It's My Life e Keep The Faith são as seguintes a desfilar como hits e demonstram que são também muito queridas pelo público. Em Keep The Faith o Jon mostra o 1º sinal de fraqueza na voz, totalmente compreensível, mas que não o abalou.
O descanso merecido para o Jon vem com I'll Be There For You, cantada pelo Richie, que em nada deixou cair a qualidade do concerto, bem pelo contrário, numa balada lindíssima conquistou o publico com a sua qualidade vocal além da já reconhecida qualidade de guitarrista. O público cantou em uníssono como em quase todas as músicas.
Já recomposto do cansaço o Jon começa a cantar o seu maior sucesso da curta carreira a solo, Blaze Of Glory que elevou novamente a adrenalina no publico.
Depois as mais recentes Who Says You Can't Go Home e Have A Nice Day mostraram que resultam muito bem ao vivo e são optimas para a interacção entre publico e banda. Em Who Says You Can't Go Home a Lorenza tem o seu momento na frente do palco solando com o Richie. It's Alright!
Pra finalizar o alinhamento 2 hits obrigatorios. Bad Medicine com Shout no meio, optimo Rock, empolgante, com todo mundo a acompanhar em coro e depois Livin' On A Prayer, o maior sucesso de sempre da banda, o seu grande hino, empolgante ao extremo, agarra o publico que mesmo que não queira já a está a cantar, e foi mesmo isso que aconteceu, saltos, coros, emoção, adrenalina e uma banda tremendamente satisfeita em palco. Fim?

Não! A banda volta ao palco para o encore, Jon veste a camisola da selecção portuguesa. Someday I'll Be Saturday Night é tocada e cantada em uníssono por todos, que também ficaram emocionados com a camisola que o Jon veste. Um grande erro do Tico quase no fim da música provoca o riso geral em palco.
Infelizmente segue-se a ultima música, Wanted Dead Or Alive, música de estrada, de cowboys dos palcos, emoções ao rubro, uma despedida em grande. O concerto todo pode ser resumido numa só frase desta música "I see a million faces and I'm rock them all"
A banda despede-se do palco, todos agradecem Jon volta-se para trás e com a mão no coração agradece ao publico.
Foi um concerto de altissimo nível, com uma banda não só profissional mas extremamente dedicada ao seu público. A banda envelheceu, algumas músicas são tocadas mais lentas, o Jon adequou a sua forma de cantar devido a algumas limitações vocais, ele consegue cantar nas notas correctas mas já não consegue segurar as notas mais altas, mas a magia, o que torna estas musicas únicas ainda estão lá, como vocalista já não é o mesmo mas como front man continua a ser um dos melhores de sempre! Richie sempre muito simpático, certeiro no ritmo, eficiente e emocionante nos solos e nos backvocals. Tico sempre empolgado, David sempre eficiente e introvertido, o Hugh sempre no seu canto a tocar eficientemente. A restante banda de apoio, o Bandiera e a Lorenza Ponce fazem a sua função sóbria e eficazmente sabendo exactamente o seu lugar.

Qualquer incorrecção e qualquer subjectividade foram provocadas pela emoção.
E assim foi... Everybody keeps the faith!

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